sexta-feira, dezembro 31, 2004

Promessa

Que o mundo não sinta
Como eu o sinto
Ao olhar para aquela meia lua
Sentir-me um quarto minguante
Em alma crescente

O olhar em mim pára
Gelado, por um frio pensativo
Procuro os passos para casa
Sem saber o onde desta

Apenas desejos correm o meu caminho...

Caminho que vejo hoje
Esqueci amanhã

Por desejos não serem marcas para mim
Quero aqui, estando eu ali

Nesta distância percorre a minha incerteza
De no futuro não versar assim
Que no meu pensamento haja um motim

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Primadona

Vejo a beleza celestial
Que se esconde no céu vidente
Onde as estrelas são escravas e a lua serviçal
Ocultando um amor em quarto crescente

De tom natural e radiante
Desce do altar e encante
Com um sereno gesto de doçura
Despertando na agreste solidão....a ternura

Cada palavra sua são dez mandamentos
Todo o resto do universo verbal deixa de ter fundamentos
As melodias da sua boca soam a amor
Harmoniosamente libertam o coração do pudor

Apenas um olhar com candura
Para que o impossível seja seu
Levar o homem ao inferno de Dante, á loucura
Onde espera em chamas por um beijo seu

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Paixão Mítica

Não há distância nem ilusão
Que deite por terra o primeiro olhar

Ver-te num encanto de maresia
Sentido num enjoo de tensa paixão
Mergulhaste no fascínio dos meus olhos
E neles ondulaste por versos de amor

Talvez seja a magia desta terra mítica
Que te torna a sua filha mais bela

Mas a razão dissolve o mito
Esta mesmo que te leva ao meu coração

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Verdade Infinita

Quando na terra já ninguém canta
Cai alguém do céu que me encanta
Não chuva fria coberta de vento
Sim, doce dourada visão com novo alento

Fresca, cremosa, loucura sedenta
Bebo em ti o que mais me alimenta
Algo que me mata a fome
Quando a alma pronuncia o teu nome

Tudo o que é novo, de novo acontece
Uma beleza divina que em ti se esquece
Nos teus olhos vive perdida e fogosa
Floresce em ti viva e perfumada como uma rosa

Procuro atento nos teus lábios
A razão que escapa a todos os sábios
Doce som infinito com fervor
Que a vida fez rimar com amor

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Hino ao Professor

Todo o tempo que vive em mim
Recordará os nomes que ensinei a escrever
Esquecendo-me por vezes do meu
Pela razão das vezes que chamei o seu

Das mãos saíram-me rebentos saudáveis
Alimentei-os com o leite da verdade e do conhecimento
Para criarem raízes na felicidade
E não serem levados pelo que não e vento

Não é vento, mas tempo que me deixa assim
Rendido a vontade de crescer e ver partir

Estranho é este desejo de derrota
Para que eu olhe nos seus olhos
E neles me veja sorrir

Seguem as palavras...

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